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Sua dor de cabeça não passa? Existem mais de 80 tipos diferentes

iG São Paulo

Como pode o mesmo sintoma (dor) ter tantos diagnósticos diferentes? O segredo está nos detalhes

Queixa muito frequente nos consultórios e pronto-socorros é a dor de cabeça. Cientificamente chamada de cefaleia, possui mais de 80 (isso mesmo, oitenta!) tipos diferentes.

Dor de cabeça: existem mais de 80 tipos

Dor de cabeça: existem mais de 80 tipos

Foto: BBC Brasil


O segredo

Mas como pode o mesmo sintoma (dor) ter tantos diagnósticos diferentes? O segredo está nos detalhes, na história clínica bem feita e na presença (ou ausência) de alterações do exame neurológico. 

Pontada, queimação ou peso?

Assim, a dor de cabeça pode se manifestar sob a forma de aperto ou de pontada, de peso ou de queimação, pode ser pulsátil (latejante) ou passar a sensação de uma enorme pressão… Pode começar lentamente e ir piorando, ao longo de horas, ou pode começar subitamente, já muito forte. Pode piorar ao longo do dia ou, de forma diversa, melhorar ao longo do dia. Pode melhorar se o paciente dormir. Pode aparecer com excesso de solto. E com a falta dele também. 

Pode ser estresse? Pode!

Pode ser estresse? Pode!

Foto: Thinkstock/Getty Images


Pode ser estresse 

Pode ser aguda ou pode ser crônica. Pode decorrer de estresse? Pode! Pode decorrer de uma noite mal dormida? Pode também! Pode ser reflexo de outras doenças, tais como pressão alta, alterações de tireóide, alterações visuais ainda não corrigidas… Ou podem, ao estar associadas a determinadas alterações visuais indicar a chance de um tumor cerebral… As alterações visuais podem até – veja só! – avisar ao indivíduo que dentro em breve começará uma grande crise de enxaqueca.

Existem episódios de enxaqueca que levam até mesmo à instalação, ainda que transitória, de déficits de força. Ou seja, o paciente pode logo após a crise presentar perda de força ou visual, recuperando após certo período.

Tratamento

O tratamento, como não poderia deixar de ser, é extremamente variado. Utilizam-se analgésicos simples, anti-inflamatórios, anti-hipertensivos, anti-depressivos ou até mesmo remédios anti-epilépticos. Tudo depende do diagnóstico correto.

De forma geral, as dores de cabeça esporádicas, episódicas, não causam grande preocupação, exceto se súbitas, intensas ou acompanhadas de alterações graves como perda da consciência.

Aquela dor de cabeça que não passa, no entanto, deve ser analisada e investigada mais de perto. Como se pode notar, as características e nuances são muitas, e só um médico especializado pode fazer o diagnóstico correto, afastar doenças mais graves e indicar o tratamento mais eficaz.

Por isso mesmo, pela presença de tantas variáveis que levam a caminhos tão diferentes, não se deve praticar a automedicação. Procure um especialista qualificado, de sua confiança ou da confiança de algum conhecido seu. Com saúde não se brinca, não se arrisca. Consulta médica não é custo, é investimento.

Dr Paulo

Dr Paulo

Foto: Arquivo pessoal

**Dr Paulo Porto de Melo é neurocirurgião formado pela UNIFESP, especialista em Neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e colaborador do Departamento de Neurocirurgia da Universidade de Saint-Louis (EUA). Facebook: @DrPauloPortoDeMelo e Instagram @ppmelo.



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